17/09/2013 21:31

Depois de fiasco em agosto, prefeitura faz nova tentativa para continuar obras da UPA/Ponte Funda

O funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento 24 horas do bairro Ponte Funda continua sendo um grande mistério, alimentado pela incompetência administrativa, aliada aos interesses políticos que neste governo sobrepõem de forma acintosa às necessidades da população. Com o sistema de saúde público em estado de emergência decretado pelo prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) na segunda quinzena do mês passado, se a UPA/Ponte Funda já estivesse funcionando conforme consecutivas, porém falsas promessas do prefeito, já seria um grande alívio para a população.

A decretação do estado de emergência foi mais um ato de oportunismo do prefeito e seu staff na saúde, que tentaram utilizar a crise financeira e administrativa que vive o hospital São João de Deus para jogar uma cortina de fumaça sobre o caos implantado em todo o sistema. Ao assinar o decreto, Vladimir discursou como se o ato visasse unicamente o Hospital, entretanto o decreto 11.189, de 21 de agosto passado, determinava o estado de emergência em toda a rede pública de saúde.  

A situação que envolve a UPA/Ponte Funda é absurda, vergonhosa e um dos maiores fiascos da administração tucana, fruto de má gestão e descompromisso com o cidadão. Com funcionamento anunciado para março de 2010, a unidade continua inacabada, embora tenha ocorrido uma falsa inauguração em julho de 2012, às vésperas da eleição que reconduziu Vladimir Azevedo ao cargo de prefeito. Numa grande farra eleitoreira, o Chefe do Executivo reuniu seus apoiadores e assessores e promoveu uma festança na Rua Bom Sucesso, com shows caríssimos, alta estrutura e foguetório, anunciando a inauguração da UPA. Foi apenas um ato politiqueiro visando os votos do eleitor na eleição seguinte.

Agora, quase quatro anos depois da data inicial prevista para o funcionamento da unidade, a Prefeitura não consegue contratar uma empreiteira para concluir a obra. No último dia 21 de agosto aconteceu o fiasco na tomada de preços para a contratação da empreiteira. A única empresa a apresentar proposta, a construtora Ribeiro Alvim, que foi inclusive a responsável pela parte da obra realizada até agora, foi desclassificada.

A Prefeitura está fazendo uma segunda tentativa de dar continuidade à obra, uma vez que o prefeito prometeu aos manifestantes que saíram às ruas em junho, que a UPA funcionará a partir do primeiro semestre do ano que vem. Um novo edital já foi publicado, com as mesmas características do anterior, marcando nova tomada de preços para o dia 1º de outubro. Resta saber se aparecerão interessados em prestar serviços à Prefeitura. 

—————

Voltar