07/09/2013 20:27

Juventude, ecologia e religião são temas de encontro cultural Franciscano


"As 200 Faces de Jesus de Nazaré", obra de Petrônio Bax, participa do Encontro como uma grande homensagem ao artista

Por Mauro Eustáquio Ferreira


Um grupo de jovens reuniu-se na tarde deste sábado (7) em Divinópolis, para discutir o tema “Grito dos excluídos: Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”, no Centro Franciscano de Formação e Cultura (CFCC), abrindo o programa do XII Encontro Cultural Franciscano.

Durante o evento, que se estenderá até o próximo sábado, 14 , serão realizadas palestras e mesas-redondas sobre questões sociais, políticas, políticas e ambientais, com apresentações artísticas, lançamentos de livros e a exposição “As 200 faces de Jesus de Nazaré”, de Bax. A maior parte do programa estará concentrada no Centro Franciscano de Formação e Cultura (CFCC), que promove o XII Encontro, com atividades a partir das 19 até as 22 h, com apoio cultural da Paróquia de Santo Antônio, Gerdau, Minauto, Farmax, Fundação Educação Educacional de Divinópolis (Funedi)/Universidade de Minas Gerais (Uemg), Plasdil e Prefeitura Municipal de Divinópolis.

Juventude, meio ambiente e religião

A juventude, o meio ambiente e a religião serão os principais temas do XII Encontro Cultural Franciscano, cujos organizadores se preocuparam em dar prosseguimento ao tema principal da Campanha da Fraternidade de 2013 – “Fraternidade e Juventude”, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O programa do XII Encontro Cultural Franciscano começa neste sábado, 7 de setembro, às 16h30, na sede do Centro Franciscano de Formação e Cultura (CFCC), rua Minas Gerais, 582, com a reunião de jovens para discutirem o tema “Grito dos excluídos: Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”, sob a coordenação de Gustavo de Lacerda. Prossegue no Santuário de Santo Antônio, com concelebração eucarística presidida por frei Antônio Francisco Blankendaal, OFM, no Santuário de Santo Antônio, a partir das 19 h.

Na segunda-feira, 9 de setembro, a partir das 19 h, no CFCC, o engenheiro Milton Nogueira da Silva discorrerá sobre “Utopias modernas: quem precisa delas?”. Nogueira é autor do livro “Água e mudanças climáticas – tecnologias sociais e ação comunitária” e foi funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU); atualmente é consultor internacional para mudanças climáticas, energia e negociações multilaterais e tem participado de grandes eventos sobre meio ambiente em várias partes do mundo. A palestra terá a coordenação do prof. Gilson Soares, presidente da Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi). Após a palestra, será aberta a exposição “As 200 faces de Jesus de Nazaré”, de Bax, na Capela da Santa Cruz (Rua Minas Gerais, 612), com a declamação do poema “Mestre dos mares”, de Bax, por Osvaldo André de Mello, e das apresentações do grupo Trovadores de Divinópolis, coordenado por Magda Corgozinho, e do Projeto Fazendo Arte, com a coreografia “Rio Itapecerica”.

A apresentação do Coral Adília Rangel, da Primeira Igreja Batista de Divinópolis, sob a regência de Rogério de Oliveira de Souza, abre o programa da terça-feira, dia 10, a partir das 19 h. Em seguida, haverá mesa-redonda sobre “A contribuição do pensamento protestante para a formação do Brasil e de Divinópolis”, com a participação do pastor Tarcísio Farias Guimarães, do professor e advogado Milton Pena e do historiador Elizeu Ferreira, com a coordenação de sociólogo Rui Campos Tavares.

Às 19 h da quarta-feira, dia 11, frei Francisco van der Poel, OFM, membro da Comissão Mineira de Folclore, lançará seu “Dicionário da religiosidade popular”. Em seguida, haverá palestra e lançamento do livro “Para onde vai a juventude?, do teólogo jesuíta padre João Batista Libânio. A coordenação desta noite será de frei Laércio Jorge, OFM.

A apresentação da Orquestra de Violas, do Projeto Fazendo Arte, abre o programa da quinta-feira, dia 12, às 19 h; na sequência, Edgar Mansur; Ana Carolina Miranda, Washington Lúcio Gomes, Márcio Zacarias Lara e o Setor de Juventude de Divinópolis, com a coordenação de Eduardo Rivelly, participam de mesa-redonda sobre “O ser jovem ontem e hoje e a Jornada Mundial da Juventude”.

Na sexta-feira, dia 13, às 19 h, depois da apresentação artística do Quarteto Vox Ars Domini, sob a regência de Sebastião Bispo, e do lançamento do livro “Dom Cristiano, apóstolo do amor de Cristo”, do padre José Carlos de Souza Campos (org.), que será apresentado pelo monsenhor Antônio Ordones Lemos, frei Carlos Josaphat, OP, profere a palestra “Vaticano II e o papa Francisco: renasce a esperança”. A coordenadora será a prof.a Romilda Mourão Gontijo.

O XII Encontro encerra-se, às 19 h do sábado, 14 de setembro, Dia da Exaltação da Santa Cruz e Dia da Província Franciscana de Santa Cruz, com concelebração eucarística, no Santuário de Santo Antônio, em cerimônia presidida por frei Erotides Antônio de Melo, OFM. O pregador será frei Francisco Duarte Júnior, OFM.

As palestras e mesas-redondas ocorrerão no Centro Franciscano de Formação e Cultura (CFCC) – rua Minas Gerais, 582, com entrada franca. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones: (37) 3221-1196 (Convento), 3212-9135 (CFFC) e 3221-5999 (Paróquia).

Participam da comissão organizadora do XII Encontro Cultural Franciscano: frei Antônio Francisco Blankendaal, Ênia Azevedo de Freitas, Erivelta Diniz, frei Erotides de Melo, frei Laércio Jorge, frei Leonardo Lucas, Maria Cecília Guimarães Santos e Mauro Eustáquio Ferreira.

PETRÔNIO BAX – Merecida homenagem

As artes plásticas brasileiras ficaram mais tristes em 2009, com a morte de Petrônio Bax, em novembro, aos 82 anos. O pintor, ex-aluno de Guignard, criou um universo fantástico com seus quadros, capaz de encantar gerações.

Petrônio Pereira Bax (Carmópolis de Minas , 1927 - 2009). Pintor, escultor e desenhista. Filho de pai holandês e mãe brasileira, interessava-se por desenho e escultura desde a infância. Iniciou nas artes como autodidata, por volta de 1940, em Belo Horizonte. Nessa cidade, estudou pintura com Guignard e escultura com Franz Weissmann, no Instituto de Belas Artes da Escola Guignard, entre 1946 e 1951. Sua obra foi marcada por paisagens de Minas Gerais, flores e retratos, porém o mar e o sacro, foram o tema mais constante em suas telas, herança das histórias contadas por seu pai sobre a Holanda. Na década de 1970, recebeu duas homenagens em Belo Horizonte: a crítica o escolheu como Destaque das Artes do ano de 1972 e a Minas Filmes produziu um filme sobre ele, lançado em 1978. Em 1986, foi eleito membro efetivo do conselho curador da Escola Guignard. Além de dedicar-se à pintura, escrevia poesias. Em 1999, publicou o livro Espelho de Alexandra. Foi membro fundador da Academia de Letras de Divinópolis. Aparece nos principais dicionários e enciclopédias de Artes Plásticas do país, bem como em livros, vídeos e documentários sobre a vida de Guignard. Em Divinópolis, há uma galeria que leva seu nome.

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